Monday, September 17, 2007

Homens femistas

Existem alguns homens que demonizam a mulher. Eles consideram a mulher tão superior, que parece que vão esmagá-los, e as odeiam por isso. Veêm as mulheres como alguns mulheres veêm os homens, ou seja, como os inimigos que devem ser exterminados da face da Terra. Nisso, eles se igualam às femistas. Por isso, que digo que são os homens femistas, para diferenciá-los dos machistas, que necessariamente, não tem tanto horror à mulher, não reclama dela (apenas quando esta decide se rebelar e sair da situação de submissão).
Os femistas, não, eles parecem nos odiar, reclamam muito que a sociedade é toda voltada para a mulher e que não existe nada para eles, que não nos importamos com seus sentimentos e montes de coisas. E quando argumentamos, que não é bem assim, que na verdade, o Patriarcado é algo que tanto causa prejuízos na mulher quanto no homem, eles simplesmente não ouvem nem enxergam. Continuam com o discursso de que a mulher é que o demônio, que não presta e blá, blá, blá. Coisas que cansamos de ouvir de algumas mulheres também, ou seja, que os homens não prestam, etc.

As femistas existem, sim!

Acho errado este negócio de mulher achar que tem que ser superior ao homem, como o homem acha que é superior à mulher. Ninguém tem que ser superior à ninguém. Ninguém tem que oprimir ninguém, pois igualdade é isso. Se não acabarmos com estas relações de poder, nunca acabaremos com o machismo, apenas se inverterão os papéis. A luta feminista não deve se resumir numa vingança.
Dizem que rótulos discriminam. Concordo em partes. Acredito que às vezes, identificam coisas que nos esforçamos para não ver, ou jogar a sujeira para debaixo do tapete.
Oras, as femistas existem, sim. Elas estão aí, pregando o ódio e a superioridade aos homens. Eu não quero superioridade, quero andar lado a lado, aprendendo e ensinando com aqueles que vivem no mesmo planeta que eu e que fazem parte da espécie chamada ser humano, ou seja, os homens. Somos companheiros de luta. Se os homens lutam contra o Patriarcado e contra a autoridade, como eu, são meus companheiros. Não só na cama, não só nas relações afetivas, que aliás, isto por si só, já explicaria que seria impossível transformá-los em nossos inimigos, mas também em todos os relacionamentos: socias, políticos, etc...
Ser feminista não é só falar das questões das mulheres, lutar por igualdade em relação aos homens, mas é também, ver que não é em tudo que eu quero ser igual ao homem, que eu posso escolher no quê eu quero fazer ou ser como ele; é ter uma visão mais ampla das coisas, enxergar o machismo nas mulheres, o femismo nos homens e vice-versa, e os outros detalhes que fingimos não ver (ou não vemos mesmo, por estarmos tão apegados a uma só idéia).

Saturday, September 15, 2007

Meus namoridos

Eu tenho um namorido. Não é o primeiro, na verdade, é o terceiro. O primeiro, durou 1 mês, o segundo, 3 anos(só nos víamos nos finais-de-semana ou feriados prolongados) e este, está durando, dificilmente, 1 ano.
São meus namoridos pq não duram muito e quando duram, é extremamente difícil, é como os expulsasse toda hora da minha vida. O mais longo namorido durou 3 anos e isto porquê não o via sempre então, não tinha tanto atrito.
É claro que eu quero que estes namoridos se elevem à condição de maridos e "pais dos meus filhos", como queriam que meus namorados se elevassem á condição de namoridos, mas hoje em dia, está tudo muito difícil (ou fácil, não sei ao certo) para nós, mulheres. Os homens não são mais aqueles, como também nós não somos mais "aquelas". Nós mudamos. E muito!
Nossos relacionamentos hoje em dia, são muito "weekends". A gente experimenta, experimenta, experimenta, para ver no fim, que não dá certo. E não dá certo pq? Simplesmente pq nós não dependemos mais dos homens, nem financeiramente, nem, em certos casos, emocionalmente. No meu caso particular, em nenhum dos dois. Posso viver perfeitamente sozinha, pulando de galho-em-galho aqui e ali, com namoradinhos de fim-de-semana, ou "amizades coloridas" ou até mesmo, ficando com um ou com outro, ou simplesmente, levando a vida como uma freira. Em todos os casos, eu não terei compromisso nem com ninguém, nem com nada.
Porém, eu escolhi, devido a minha atual independência, "casar e ter filhos" , ou seja, escolher uma parceiro maduro o suficiente para ser capaz de construir algo que pareça com uma família comigo. Só que, também devido a minha atual independência, eu não faço como minhas avós, tias e mãe, que toleram de tudo, por causa desta vontade de ter família. Para falar a verdade, eu tolero bem pouco.
Tem horas que penso que não vou conseguir tal façanha. Como tolerar certas coisas que as minhas antepassadas tiravam de letra, e que eu caio em depressão ou tenho crises existenciais por causa delas? É tão simples para minha mãe dizer: "Homem é assim mesmo", como se o egoísmo que existe em alguns homens fosse uma coisa natural, quando para mim, isto parece mais uma tragédia, ou o fim-do-mundo.
Meu namorido diz: "Vc reclama de barriga cheia". E eu penso que ele deve estar me comparando com sua avó. E isto me dá raiva. E eu fico cada vez mais "intolerante".
Eu não sei...Penso que estou perdida completamente, ou completamente "achada", logo, perdida mesmo.
Se para ter os 3 filhos que minha mãe teve eu vou ter que aturar certas coisas, acho que nunca vou ser mãe. Mas quando vejo minha avó e meu avô juntos há mais de 50 anos e que se conhecem a mais ou menos uns 65, eu sinto um imenso respeito, mesmo que eles pareçam ter se odiado na maior parte das vezes.
Se amor é tolerância eu ainda não sei o que é o amor.




Tuesday, September 11, 2007

Vc tem 19?

Outro dia, numa boate, um rapaz me paquerou. Eu estava lá, na minha, só querendo curtir. Tinha teminado um relacionamento de 3 anos, não queria mais nada da vida, só curtir e ficar observando as pessoas à minha volta (típica coisa de gente "velha").
Bem...Lá estava eu, curtindo, dançando, quando um cara parou na minha frente. Nossa, ele era o maior gato, mas eu nem pensei que aquele cara pudesse estar me paquerando. Derepente, ele começou a dançar comigo e eu, como não queria nada mesmo (rsssss) também dancei com ele. Sem mais nem menos, ele me convidou para sair um pouco da boate, alegando "que estava muito calor". Eu sai com ele. Fomos andar um pouco e resolvemos sentar naquela "abençoada" praça, ou seja lá o que for aquilo, que tem ali nos Arcos da Lapa. Digo "abençoada", pq ali na Lapa não tem nenhum lugar que vc possa sentar sem pagar nada, apenas para dar uns "amassos" e melhor, sem ninguém olhando muito para vc.
Eu percebi que ele estava "meio sem graça" de estar comigo, não entendi no momento, o porquê, mas imaginei que era timidez, ou apenas estava "fazendo tipo". Ele me olhava, me olhava e eu não entendia nada. Derepente, começou a me dizer, como se desculpando, que não ficou logo comigo pq acredita que sou muito nova para ele, mas que não aguentou e resolveu" ficar" comigo assim mesmo.
Então, eu me sentindo um "bebê" perguntei para ele: "Quantos anos vc tem????" E ele respondeu meio sem graça: 25. Eu mal conseguia disfarçar o meu espanto, afinal de contas, a "velha" ali, era eu, e não, ele.
Foi então, que eu disse para ele: "Fique tranquilo. Não sou de menor" (rsssss). Ele então, ficou tentando advinhar minha idade:
_ Vc tem 19?
_ Não.
_ Sério? Vc tem mais de 19?
_ Ham, ham...
_ Não vai me dizer que vc tem 25 igual à mim?
_ Não...
_Tem menos?
_Não
_Tem mais?!
_Sim.
_Quanto? 28?
_ Não, tenho mais.
_ Jura? Tem 30??? Não acredito!
_ Na verdade, eu tenho 32 anos.
_ Não acredito? Jura? Deixa eu ver sua identidade?
_ Meu Deus! É sério! Vc nasceu em 74!!!
_Dá uma voltinha? Nossa! Vc malha, né? Caraca, não parece mesmo! Meus parabéns!

Eu não sei pq eu ganho os "parabéns" por isso, na verdade, eu nunca malhei na vida, estou malhando agora, depois que começaram a aparecer umas celulites e uma barriguinha meio "safada". Mas até que estas coisas aumentam o meu ego.
É claro que nem preciso dizer que a noite acabou num clima nada proprio para menores de idade. É óbvio: o cara descobriu que está com uma mulher que lhe atrai e que não é mais menor de idade, e que ele não vai sentir culpa, então...Oba!!!
Enfim, eu me senti bem com a situação. Vou me lembrar para o resto da vida, apesar de não ter sido a primeira vez, na verdade, deve ter sido a quinquagésima (modesta, né?). Mas este, foi muito diferente. Se eu tivesse uns 10 anos menos, com certeza, não teria sido tão bom, era capaz de eu nem ter ficado com ele, pois eu era muito tímida aos 23. E este é o mérito de ter se chegado aos 33: Ficar com os caras sem esperarem que eles irão ligar no dia seguinte ( e ele não ligou) e não ficar "arrasada". Rssssss

Saturday, September 08, 2007

Não sou mãe

Eu não sou mãe e tenho 33. Que graça tem a vida, pois não posso criar alguém? Tenho amor para dar ao mundo, mas gostaria de ser uma única vez egoísta e dar todo o amor para um só ser: meu filho.
Não sei o que se passa comigo, acho que sou muito racional para compreender o que não se pode explicar. Só que me vejo hipnotizada e apaixonada pelos bebês das propagandas. Quando durmo, tenho sonhos com bebês sugando meus mamilos.
Num dos sonhos que tive e que não esqueço jamais, havia nascido um bebê prematuro que não conseguia sugar o meu leite, não tinha forças. Eu me esforçava para que o bico do meu seio coubesse na sua pequena boca. Minha única preocupação era alimentar aquela criança. E a criança era tão minúscula. Haviam manchas em sua pele. Não era dos bebês mais bonitos, mas era meu, só meu... E eu ia amá-lo, alimentá-lo e aquecê-lo com meu corpo. Senti que dar meu leite à ele, era como dar meu sangue, meu corpo, parte de mim. Se fosse necessário, eu daria até a minha própria vida para aquele que ali estava com a cabeça no meu colo. Eu não sei o que é mais bonito. Qual paixão é mais forte do que essa? Qual amor é maior do que esse? Eu não sei.
Só sei que já sou mãe, mesmo que seja só nos meus sonhos, quando coloco minha cabeça no travesseiro e quando meu espírito ultrapassa as fronteiras entre os mundos.

Total desespero

Tudo mudou. Não sei se estou ficando velha, mas as coisas não são mais como antigamente. Minha visão sobre a vida novamente é outra, e esta, dói mais.
Ter conhecimento é insuportável. Se pudesse voltar atrás, escolheria a ignorância, mas infelizmente, o meu espírito é feito de buscas incessantes por mais e mais.
Sinto que isto tudo me sufoca e aperta meu coração. Estou prestes a explodir de tanto amor e de tanta dor.
Pela primeira vez na minha vida, vivo em total desespero.

Thursday, September 06, 2007

Qual é o mundo real?

Às vezes acho tudo tão sem sentido...Vivemos para quê? Por que pagamos contas, trabalhamos, compramos comida, roupas, pasta de dente, condicionador, etc? Vejo a moça sorrindo na placa, mostrando os lindos dentes num anúncio de plano dentário. Aquele sorriso é verdadeiro? O meu sorriso é verdadeiro? A minha dor é verdadeira, disto eu sei.
Viver me parece de vez em quando, uma punição, que no meio, fantasio com a felicidade. Eu sorrio para não chorar. Eu vivo para não pensar na morte. E não vivo.
A única coisa que faço é aproveitar para fazer algo significativo neste meio tempo, já que não há nada que realmente possa fazer.
Vivemos na Matrix. Qual é o mundo real?